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11.6.03

o dia passou de algum jeito que eu nem ao menos consegui definir. fiquei naquele semi letargico estado de pensamentos, e numa agitação tão artificial que não entendo como eles puderam acreditar...
a vontade de gritar me abandonou. eu caminho com passos pesados, vendo sem ver coisa alguma. toquei meu rosto rapidamente só para ter certeza de que ainda estava aqui e que poderia sentir algo, mesmo que nada significa-se. "vc odeia a maneira como se sente? vc sente a maneira como odeia?"
magia não é algo simples para se dividir. não tenho a menor intenção de amar a dor. por ninguém. e dentro de mim não há nada que me permita voar, e agora jamais serei algo digno de ser "outro". vazio que me sufoca. batendo no peito persiste enquanto me deixa presa ao ritmo, vou me movendo embalada pelo eco das vozes sinceras que um dia me enganaram. dançando ao ritmo da decadencia.
para onde eles correm? porque afinal essa minha predisposição absurda ao posicionamento e as certezas, a segurança; quem sabe eu não deveria ser assim... permitir que se instale esse processo, talvez deva buscar destruir esse mecanismo. pensei em viajar, sumir... fazer algo diferente. ouvir outras vozes, sentir outros ventos. talvez outras mãos. fechar os olhos para me concentrar em outros ambientes. precisava de algo novo, quem sabe algo que me surpreenda. não faço idéia. o silencio se expande, vou me ajeitando como posso nas frestas. por favor não me dê atenção! um sabor amargo e familiar na boca. o cheiro do sangue, ou algo ferroso, não sei definir. o que à mim traria satisfação? traíria a tendencia ao que é ponderado. se "desejo o animo que advêm da imprudencia", porque ele se recusa a me tomar e em mim se afogar? o riso ironico e o jogo sem regras. o fel nos meus labios. incerto é o tempo. se estou errada, não há quem me contraponha, mostre! mostre... que estou errada, desejo estar. trasnformaram meu ar em fogo. e ninguém percebe. o tempo devora, enquanto eu apenas me perco... absorvida novamente pelo chão. jamais mentindo para mim mesma, não vou fechar meus olhos. meus ombros doem pela tensão. estiquei os braços o maximo possivel, mas nada alcancei. o limite sempre chega antes que se possa estar preparado para enfrentar, ou lidar com ele. a pergunta volta sempre. prioridades... não são ramificações de alguma hierarquia. melhor desconstruir. respirar a sujeira com calma, me aconchegar na podridão. celebrar minha derrota ante a temporalidade. minha unica ressalva não possuía nada além de medo. movimento. palavras. vida, direção. fogo e sangue. aspero, amargo e similar a tudo que se conhece e tateia. vazio sou eu. e há muito sei que nós apenas sangramos.

- lembra quando eu disse que algo deveria mudar?

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