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30.3.08



o turvo

21.3.08

se escrever não salva, alivia. ou assim tenta. e não é tudo tentativa? não é tudo sempre somente pela primeira vez? para a vida não há ensaio. e eu me atiro. desde algum tempo é verdade... mas foi só assim que andei para frente.
os velhos ditados.




os nós nos meus cabelos. meus litros de hidratante e rímel. isso tudo diz algo, mas não tudo. e eu nem sei mais o que escrever, pq venho dizendo. e quando falo me atropelo. e então meus gestos ficam abafados.
e ainda que eu afaste meus olhos, neles esta tudo que quero demonstrar.
nem raiva eu consigo sentir. essa beleza me salva e sufoca.

é tudo novo.
e eu me afogo.

18.3.08

Did I see you down
in a young girl's town
With your mother in so much pain?
I was almost there
at the top of the stairs
With her screamin' in the rain.

Did she wake you up
to tell you that
It was only a change of plan?
Dream up, dream up,
let me fill your cup
With the promise of a man.

Did I see you walking with the boys
Though it was not hand in hand?
And was some black face
in a lonely place
When you could understand?

Did she wake you up
to tell you that
It was only a change of plan?
Dream up, dream up,
let me fill your cup
With the promise of a man.

Will I see you give
more than I can take?
Will I only harvest some?
As the days fly past
will we lose our grasp
Or fuse it in the sun?

Did she wake you up
to tell you that
It was only a change of plan?
Dream up, dream up,
let me fill your cup
With the promise of a man.



6.3.08

sem palavras 

na verdade eu tinha acabado de perder o sentido daquelas palavras. isso acontecia em função, de um "eu me perder" paradoxal a um novo "me encontrar". dado que passei anos viciada naquelas palavras, elas que tentavam traduzir aquelas angustias. assim, é isso. tentei exemplificar. na minha cabeça. mas não encontrei nenhum bom verbo. nenhum bom exemplo.
e eu que passei tanto tempo sendo ligada aos maus contextos, e ao bom uso da linguagem, enquanto jogo... não enquanto metodologia... me pego agora sem palavras.
quem sabe seja o tempo de me tornar uma pessoa das ações?

ãhn!

2.3.08

verão, veraum... 



acabou o horário deverão e comecei a me preocupar um pouco mais com coisas práticas. as minhas contas vencendo, a raiz dos meus cabelos... tava verificando umas fotos antigas, tipo... 2005/6 e pensando a respeito de franjas. veja bem, isso é importante. me chamou a atenção o cabelo de monika... e o verão. e eu pensando no verão também.
e depois de umtempo vendo umas fotos antigas perdi aquela linha de raciocínio. e tudo bem. eu nem ficarei me cobrando.


bom... isso aqui merece ser relembrado:

“A sociedade, tal como vocês a constituem, eu a odeio. Eu sempre a odiei e vomitei. (...) Desde que encontrei na literatura um exultório, meu ódio tomou uma outra forma, menos pessoal: ele não se traduz mais num impulso interior mais ou menos acidental, ele se deduz de uma filosofia aclarada pela experiência. De um rancor nasce uma idéia. E essa idéia torna-se, à medida que avanço dentro de minha obra, mais serena e mais indestrutível. Eu o sei, eu o testemunho: a ordem social não se mantém senão ao preço de uma infernal maldição que aflige os seres, dentre os quais os mais vis, os mais nulos estão próximos de mim – quer isso agrade a vocês ou não – que qualquer burguês virtuoso e assegurado. Para sempre eu me fiz intérprete dos dejetos humanos, dos resíduos que apodrecem nas prisões, debaixo das pontes, no fundo da fétida podridão das cidades”.

Jean Genet

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