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29.6.03

voltei ao vazio, até ouvir sua voz só para mim.
as horas passam, isso é tempo. fiquei o maximo possivel, busquei suportar mas me sentia cada dia mais distante. traindo a mim mesma. era eu a unica a perder a propria identidade. já não era mais nada, nada mais era. os olhos aparentemente podem gritar. me revesti de frieza, em alguns momentos o mais importante é sobreviver. do outro lado... respirando eu de encontro ao vidro, perto... cada vez mais perto até apertar o rosto de encontro também. mas nada me contempla. horas agradaveis, horas insuportaveis. inesgotavel é a dor. vida, eu e eu e eu. nada. vazio. inesgotavel é o medo. até nunca, até mais e mais. fechei os olhos mas continuava a ver. a ouvir e sentia. como é possivel? a minha voz pergunta e sarcastica responde rapidamente: apenas é. quando se quer é. engoli com dificuldade a saliva dolorosa. minhas amigdalas estão inchadas e eu doente, pavorosamente desasjustada.
qualquer um poderia sentir isso no ar, em qualquer lugar. minha cabeça esta doendo. meu corpo cansado e minha mente perdida. acho que preciso dormir, é sempre isso mesmo. sempre. estou cansada demais. não há vontade de chorar e não há mais nada. estou vazia, será que isso é morrer? não... me lembro da expressão, morrer é pior, mais sereno e definitivo. mas sempre estamos lidando com o incerto, não é mesmo?

porém, ao menos eu preciso de certezas. preciso saber. mas sinceramente gostaria que não fosse assim... gostaria que nada fosse assim.

27.6.03

cortei os cabelos e me deixei dormir até tarde. acordei para ocupar minha mente mais ainda. e não pensar em vc. virei o rosto e vi tudo assim mesmo. o tempo decide as vzs. fiquei apagada no meio do mundo. ninguém me vê. mas algo me encontra. sim, eu não sei oq eles dizem... mas como poderia me sentir diferente? como poderia ser mais forte que todo o mundo conspirando contra meus desejos. e seria o mundo todo realmente?
um frio na espinha. quem sou eu no meio disso tudo. nesse momento eu decidi que não ficaria mais triste, mas sei que é uma decisão mentirosa. como poderia não me sentir assim? olha dentro dos meus olhos, olha para mim de verdade e me diz que assim é melhor. vc mente! para si, e eu apenas me afogo cada vez mais na escuridão do encontro de minhas certezas com seu medo. apenas me abraça quando eu começar a chorar...

26.6.03

o eternamente se desfez, os caminhos se encontraram e assim mesmo não ousaram tocar-se. para todos os lados que eu olho me lembro que nada posso fazer. onde estará minha tranquilidade? tirada, enterrada. tão fundo... tão distante e indefesa. amargo o sabor na minha boca. um sorrisinho sem vontade e algo mais se perde. vou me erguendo apenas pq não há mais para onde cair e sinceramente não faz meu estilo me esconder ou desistir, mas fui vencida. tocar o paraíso, frustração adquire a cada dia um significado mais fugaz. estou me perdendo tb. alguns vislumbres. luz que atravessa essa escuridão, pq será tão dificil? sempre dificil. no fundo eu sei. a falta que me faz frieza.
"é bom demais para ser verdade, vou me fuder" vc tem razão renatha, algumas coisas talvez simplesmente não possam ser de verdade [na pratica me refiro]. antes eu dizia que algumas coisas não eram para algumas pessoas mas que eu insistia mesmo assim.
cansei de insistir.


- eu tb sussurro mais alto que gritos.

24.6.03

um presente ruim, as minhas palavras me atropelam. não é ver além. é apenas ver. e meus olhos ardem. qdo cheguei hj eu já me arrependi. fiz algumas besteiras. são dias dificeis. minhas olheiras nem me assustam mais. vou me levantando de um jeito desconexo. mas me afundo ao mesmo tempo. não há sentido! qdo se chega ao fundo [levando-se em conseideração um cilclo] o unico lugar para se ir é o topo novamente. ou seja, é chegada a hora da subida. mas antes um pouco mais de auto agressão. com meu presentinho do meninos desconhecidos do quinto andar. a karen sorriu muito bonita e mal podemos acreditar. o mundo conspira realmente. a beleza, a leveza... a transparencia e o perfume. o imã que me puxa e as palavras q me embalam, se desvanecem nas incertezas que não são minhas e nas imagens que as circunstancias e as escolhas me empurram garganta a baixo. eu vou aos poucos me anulando. mais e mais. senão por um, pelo outro. motivos e motivos. a vida se descortina e as opções são apresentadas, passa o tempo devorando. comprometimento e posicionamento. lados e opostos. eu e eu e eu. cada um pensando. as conclusões as vzs não são conclusivas. e novamente não há sentido. preciso de umas 20 horas de sono por noite. e de ferias, a PUC ta minando a minha vontade.
segunda feira é um dia de bosta mesmo. ao menos agora temos moveis, meu esforço para estudar se mostrou fragil e infrutifero. acabei de beber suco de pera como quem bebe pinga da forte. estou tão cansada de tudo... e ao mesmo tempo tão disposta. talvez só precise mesmo de um cabresto. olhar sempre em frente. mas me lembro do cavalindo morrendo deitado no chão que eu vi... ele respirava com uma dificuldade absurda. me senti pessima.
olha só, como é que pode uma frase fazer tanta diferença? talvez eu não esteja pronta para ouvir essas coisas, lidar com elas. comprometimentos. quem me diz oq eu devo aceitar ou não? quem me diz algo que faça sentido. então os papeis se invertem, se desenham e transmutam. nada sou. nada me contempla. como é que pode a infelicidade de um ser inaceitavel ou mesmo inconcebivel e de outro ser algo a se passar por, fazer parte da paisagem. não demoniacamente. mas na pratica... que eu faço ao perceber oq é na pratica esse me amar. faço o tempo passar somente para mim? qual a diferença? gostaria de comer algo doce agora. ou quem sabe de dormir para sempre.

23.6.03

será possivel que uma pessoa esqueça seu caminho de volta para casa? e não mudam as pessoas as vzs de casa tb? nem toda casa é um lar. dormi tão pouco por esses dias que começo a ter medo de não aguentar mais um dia intenso. 2 dias sem banho tb não são algo especialmente agradavel. estou descoberta na friagem... cabelos oleosos e despenteados, minha graça desapareceu.
acontecem coisas boas, deixo o tempo passar. eu me importo. vejo o tempo passar. algo em mim desdobra e aperta. aperta minhas entranhas garganta e olhos. nada vejo além de medo. mas não o desejo. a sensação que me infla e alimenta te drena. então tb vou eu ressecando. detesto... mas observo, me afasto com classe ou desesperada. boba de qualquer maneira. me afirmo em coisas banais. rituais da mediocridade. comprar anima... falar anima... ser desejada tb.é bom poder andar por aí sem me esconder.

o que é não poder, o que?

21.6.03

tic tac tic tac

20.6.03

pensei em fechar a janela, molhar o rosto com agua gelada. afundar a cabeça em algum travesseiro. estava cansada sem sono e sendo eu novamente. pensando, imaginando, antevendo. saber. travei os dentes. agulhas aos milhões por baixo da minha pele, um sorriso cuidadosamente estudado não convence não funciona. nada é. me fazem sangrar de dentro para fora. explodindo e me rasgando. não entendo, ou apenas não aceito? qual a diferença? se é que existe.
quem sabe toda a conversa de - perguntas certas - seja algo que eu não possa encaixar. aplicar. talvez, esteja completamente perdida somente fazendo de conta. mais um faz de conta burro? vai passar... tem que passar. o tempo, tudo, vai passando. eu me engano. condiciono. estou com muito frio. nada me acalenta. a mim nada contempla. sono... é só isso que eu desejo, tranquilidade! e vou lentamente me deixando absorver, faço aos poucos e cada vez mais parte da paisagem. não note. não tente. não queira. não busque. somente vá... pq eu, eu...

--> preciso te perder.
enquanto escuto, em mim algo se constrange, por mim e minhas magoas, e fortalece se assim para vc for.

18.6.03

me embala... na descida, confere ritmo a queda estranha. tão bom será quando eu puder finalmente repousar!

17.6.03

esqueci meu bilhetinho "abstrai ana" no bolso da outra calça e acabei ficando meio boba, sozinha pelos corredores. o tempo ta caminhando tropego e em um compasso traiçoeiro. seguro o ar com mais força para não sufocar. olhos abertos, atenção no caminho. se não eu, quem? gosto de sentar e observar pela janela o mundo ficando para tras, sempre algo bom para se ver. minha voz esta ainda mais rouca hj. conheci um pedacinho novo da cidade. estava arrumando animada meu cantinho, quando percebi que ainda faltava alguém. mais. eu não entendo algumas coisas, não basta apenas sublimar.
algumas feridas não são visiveis. tentei buscar uma especie de normalidade abstrata, falha... não posso!
vou resistindo não como me convem, apenas pq não desejo vencer. um passo por vez, um sorriso, muitas lagrimas, esforço e determinação. ou oq, oq então?
posicionamento é dor. convicção é solidão.

vou comprar tinta pro meu cabelo


passado é:
:::: my eyes search desperatly for yours everywhere and when they meet i lose time and space anda all i see is you ::::

16.6.03

deixo o vento bater com força no meu rosto, levanto a cabeça e me inclino para que me acerte na nuca. vai me embalando enquanto a voz rasga minha garganta. minhas mãos apertam o tecido roto na ansia de ter o que não me é permitido. nada me pertence. respiro com calma mas é artificial. no meu peito algo explode. me guia e me leva nas direções imprudentes. me afogo... afundo... entro em jubilo! eu aceito, eu sei.
eu hj senti medo, tedio. minha cabeça latejando e os olhos ardendo. boas lembranças, tempo e esquecimento. guardo o melhor. mas nada me contempla. um furacão... não tenho tranquilidade. apenas a margeio. será o bastante?

- eu sei o que vai acontecer.


15.6.03

time is all we have so take your time.
time is all we have so make your time

to take your time
se as respostas não vem por se insistir nas perguntas erradas, se as certezas se esfarelam... e se?
eu continuo, bem devagar eu fecho os olhos e apenas aguardo. pensamentos paralisados, meu corpo em transe, esperando e esperando.

12.6.03

é dificil ser egoísta, é terrivel tentar me enganar. busquei em algum lugar da minha alma reservas de energia. fria e fria a imagem que a janela refletia. sou eu. me achei bonita dessa vez. pq será q eu sempre fico mais bonitinha nos dias tristes? me impressiona que sempre seja assim. meus olhos buscaram a tranquilidade desesperadamente, senti o chão novamente me faltar. estava sozinha. miseravelmente entregue e assim mesmo sem respaldo. "uma frase determina isso?" eu erro tanto. eu deixo de pedir... de implorar. de impor... brigar. qualquer coisa.

"por favor não me deixa!"
"me escuta, não vou sair daqui sem vc!"
"agora vc vai ter q me explicar tudo"
"fica comigo..."
"sou sua"
"amo vc..."
"estou aqui por vc"
"não me deixa sozinha dessa vez?"

palavras... palavras. no fim nada querem dizer, a não ser que busquemos sentido em algum lugar para elas.
muita coisa para eu pensar, desnorteada e aparentemente indiferente. as mãos formigando, vazias sem aquele perfume. estou perdida, completamente desfigurada.
muros cairam, o chão há muito se foi, não percebo janelas frestas ou maçanetas. nada... somente eu.
vazia.
aonde foram parar meus amigos?

11.6.03

tic tac... tic tac... e eu apenas vendo o tempo não passar. exausta e sem suavidade. no escuro e sem dormir...
o dia passou de algum jeito que eu nem ao menos consegui definir. fiquei naquele semi letargico estado de pensamentos, e numa agitação tão artificial que não entendo como eles puderam acreditar...
a vontade de gritar me abandonou. eu caminho com passos pesados, vendo sem ver coisa alguma. toquei meu rosto rapidamente só para ter certeza de que ainda estava aqui e que poderia sentir algo, mesmo que nada significa-se. "vc odeia a maneira como se sente? vc sente a maneira como odeia?"
magia não é algo simples para se dividir. não tenho a menor intenção de amar a dor. por ninguém. e dentro de mim não há nada que me permita voar, e agora jamais serei algo digno de ser "outro". vazio que me sufoca. batendo no peito persiste enquanto me deixa presa ao ritmo, vou me movendo embalada pelo eco das vozes sinceras que um dia me enganaram. dançando ao ritmo da decadencia.
para onde eles correm? porque afinal essa minha predisposição absurda ao posicionamento e as certezas, a segurança; quem sabe eu não deveria ser assim... permitir que se instale esse processo, talvez deva buscar destruir esse mecanismo. pensei em viajar, sumir... fazer algo diferente. ouvir outras vozes, sentir outros ventos. talvez outras mãos. fechar os olhos para me concentrar em outros ambientes. precisava de algo novo, quem sabe algo que me surpreenda. não faço idéia. o silencio se expande, vou me ajeitando como posso nas frestas. por favor não me dê atenção! um sabor amargo e familiar na boca. o cheiro do sangue, ou algo ferroso, não sei definir. o que à mim traria satisfação? traíria a tendencia ao que é ponderado. se "desejo o animo que advêm da imprudencia", porque ele se recusa a me tomar e em mim se afogar? o riso ironico e o jogo sem regras. o fel nos meus labios. incerto é o tempo. se estou errada, não há quem me contraponha, mostre! mostre... que estou errada, desejo estar. trasnformaram meu ar em fogo. e ninguém percebe. o tempo devora, enquanto eu apenas me perco... absorvida novamente pelo chão. jamais mentindo para mim mesma, não vou fechar meus olhos. meus ombros doem pela tensão. estiquei os braços o maximo possivel, mas nada alcancei. o limite sempre chega antes que se possa estar preparado para enfrentar, ou lidar com ele. a pergunta volta sempre. prioridades... não são ramificações de alguma hierarquia. melhor desconstruir. respirar a sujeira com calma, me aconchegar na podridão. celebrar minha derrota ante a temporalidade. minha unica ressalva não possuía nada além de medo. movimento. palavras. vida, direção. fogo e sangue. aspero, amargo e similar a tudo que se conhece e tateia. vazio sou eu. e há muito sei que nós apenas sangramos.

- lembra quando eu disse que algo deveria mudar?

10.6.03

em algum lugar na memoria sei que repousa a resposta para apagar as luzes que há muito se foram. abraçar e guardar somente o que nos fará sorrir. te abraçando por toda eternidade, para sempre. sua amiga para sempre. é o que eu preciso. mas nada me sobra. e continua queimando. a voz amarrada. tantos nós se fechando. seria então muito tarde? eu vejo indo embora... o mundo pequenino. e oq seria?

estou desconstruindo minhas teorias. quem me empresta um machado amarelo?

7.6.03

faz um tempinho que não consigo parar para escrever, insisto... talvez nem mesmo venha parando para pensar. eu fico observando demais, mas sem um foco objetivo. as perspectivas são assustadoras, e não há pq negar. medo, tenho muito medo. recuar não é uma palavra boa para se usar... eu não quero tanta coisa e me sinto não só perdida. tudo é especulação. desejo estar errada. desejo e desperdicio... não sei mais nada. tempo... tempo... tempo...
travo os dentes para não gritar, é um sufoco. queria é uma palavra que estou passando a detestar. vou me acostumando pq essa é uma tendencia humana não é mesmo? por isso que ainda vivemos... por isso que trasnformamos o mundo em uma latrina suja, por isso que perdemos o foco do que realmente nos interessa, por isso que jogamos fora as nossas chances e nos apegamos a orgulhos e trivialidades, por isso que vendemos facil tudo que é valioso, por isso que somos pretenciosos ingenuos inexperientes e solitarios, por isso que nos perderemos, por isso que nem sei mais do que falo... "queria" um suspiro fundo e doloroso...
viver sempre implicará em escolhas, delas sempre restarão consequencias. faça suas apostas! vc não pode ter sempre tudo o que quer.


#eu quis não mais viver#

2.6.03

fiquei por algum tempo somente observando o reflexo difuso, em movimento as imagens se perdem rapido demais. luzes que vão embora e não há saudade. vitimas de realidade ou circunstancias, mas se não há inocentes, pq assim seria? não há sentido, somente boas razões. doçura... eu sinto tanto medo nesse mundo cretino e a vida nos golpeia todos os dias. eu fico no meu quarto e contabilizo os motivos para desistir e me obstino. quero mais e mais! não aceito... não quero desistir. eu bem q me empenhei nisso, faço dessas as vzs. tsc... mas não agora. chega.

do outro lado do vidro, a respiração se condensa e eu escrevo bem devagar para vc ler... "vc não sabia?"

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