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26.2.04

minha noite foi muito boa, mas como muitas vezes cheia de angustias. agora uma sensação que ainda não sei definir se mistura a essa dor que já magoa a minha barriga. estou muito preocupada. não saber exatamente o que esta acontecendo e nem o que acontece bem embaixo do meu nariz é algo que sempre me incomodou. mas como sempre, e de uma maneira ou de outra, as coisas acabam se revelando, elas chegam. sendo redundante, uma hora ou outra chegam. a diferença esta na maneira que elas te acertam, me acertam. essa dor esta horrorosa. é ruim admitir, mas me sinto meio patética. não sei mais o que eu quero com isso. será que transformo em inferno a vida das pessoas? gehenna. essas coisas tem influencia. não sei explicar bem como, mas de alguma maneira tem sim. eu li um livro inteirinho outro dia aí... vi um filme no cinema e comi muito e mal. nesses dias a casa esta silenciosa e aconchegante. é esquisito. eu ando de um lado p/ o outro e tenho mais animo p/ arrumar e limpar. é isso que significa se sentir em casa? eu nunca soube. eu sempre fui meio robótica. pedia para tomar banho e abrir a geladeira na casa da minha avó, casa do meu pai e na casa da minha mãe também. sempre senti que não tinha um lugar meu, não exatamente meu, mas as vzes tenho uns vislumbres disso aqui. raras. mas é intenso. estou pensando muito como seria ruim perder tudo. é muito pouco eu sei, mas é o tudo a que eu pelo menos já tive acesso. a história de vida das pessoas pode ou não influir em seu juízo de valor. eu concordo que algumas coisas cabe a qualquer historiador, mesmo que iniciante pensar... ou calcular. mas nessas ferias eu praticamente não pensei como historiadora e para ser sincera, me questionei até se é isso que eu realmente quero fazer da minha porra de vida. tem dias que eu acordo assim, sem qualquer vontade de nada. nem de brigar, aliás... no decorrer dos anos isso foi desbotando gradativamente em mim. não há mais muitas vontades de conflito. concordo que para alguns leitores isso possa parecer algo além do absurdo, mas é verdadeiramente como me sinto, ou como meus olhinhos parciais acham que me observam. todos tem olhos parciais e verdades concebidas. anacronismos. eu queria uma decisão facil, queria que alguém com um dedo autoritario me obrigasse a determinado caminho? porra. não é isso. mas as coisas estão por demais complicadas. e boa parte disso é por responsabilidade minha, indivizivel e minha. mas não completamente, atenção!
é realmente ousadia achar que se sabe algo por outra pessoa, mas é igualmente arrogante afirmar que sabe especificamente quem sabe algo. é tudo vago. tem gente que observa muito e se orgulha de afirmar isso, que se afirma nisso. mas ao mesmo tempo pode-se observar, sem se deixar perceber. eu percebo pouca coisa hoje em dia, se for traçar paralelos e comparações com outros tempos, mas ainda assim... pode ser por ângulos, pouco ou parcialmente explorados.
mas é tão pouco diferente. não sou muito ousada e minha arrogância era ingênuidade, se esvaindo... sendo lavada...
de noite as pessoas vão dançar e eu pensei em ir também, é absurdo de ruim não saber. é muita displicência, calcular que eu sou idiota. me diminuir ou nivelar por baixo. bom, é perigoso. mas não farei nada. isso me torna mais velha. caralho, estou nisso há quantos anos? o valor não vem disso, não os meus valores.
ando travando muito os dentes. ando dormindo pesado. ando caminhando pouco, mentira. caminho muito, mas ainda assim é pouco. não tem nada engraçado. eu não estou mal. mas também não me sinto plenamente bem, e isso, estar na corda bamba... é terrivelmente escroto. sei que algumas pessoas faltam nesses tempos, mas não posso obriga-las e também não sei pedir. eu concordo apenas. são tantas decisões. tão pouco tempo que se arrasta lentamente e me deixa e estado de desespero incontido. não quero decidir nada, mas a vida... desgraçada sadica, não espera. ela vem te atropela e ainda espera gratidão, merecida alias... pois o que restaria sem ela? isso parece filosofia de botequim em 45 rotações. ninguém virá para me salvar. eu sempre soube. detesto esse fetiche pela racionalidade barato que outros me atribuem.
aposto que os próximos tempos serão mais quietos. e quem sabe... escuros. se isso for palco e preparação para dias melhores que virão. eu aceito. eu aguento. no meio do ano, as coisas mudarão. 4 meses e terei que buscar na marra outras perspectivas. mais 4 meses...

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