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14.2.05

faz uns 5 ou 6 dias que você fica lá sentadinho no sofá me recriminando ou acudindo.
teve um dia, eu desliguei o telefone e me deitei... só o seu abraço me acolheu e foi na sua pele que derramei um mar de doídas lagrimas pesadas. você não disse nada, porque sabe muito bem que nessas horas não adianta muita coisa falar.
quando meu abraço desesperado foi sufocante, você não reclamou.
e eu fiquei muito envergonhada.
depois cochichei em seus ouvidos incentivos a mim mesma. os quais você pacientemente aguentou enquanto eu fungava.
dormi exauste e te apertei junto ao peito.
você, tão perfumado, se entregou. e eu sem querer na profundeza mais escura do sono te empurrei ao chão.
não houve um só resmungo de sua parte. mas, na sequencia ao acordar vi seus olhos castanhos ardendo frios em recriminação. e eu sorri; desse jeito meio bronco em que me reconheço como parte dessa familia; e te puxei de volta. você veio novamente para me sentir macia e arrasada chorando baixinhoo de encontro ao seu pequeno corpo de pelucia.
a imensidão de sua compreensão me magoa.
te deixo lá sentado sozinho. me afasto sem entender por que o faço. e vou.
escapando da intensidade imovel do seu olhar.

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