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22.10.05

prioridade = pior idade 

17/10/2005

então eu que caminhava sem jamais apertar o passo, senti quente dentro da
bota aquele que anteriormente você tinha me ensinado ser meu sangue. eu
olhei para o céu que tão belo me machucava. e o vento batendo no meu rosto
era um carinho frio, mas aquecia a pele até um vermelho que há muito foi
belo.
o nó na garganta fez e desfez e fez novamente um caminho tão repetido que
a ninguém mais convence. os reflexos sempre são interpretáveis. olhos
secos. botas úmidas. esse vazio batendo acelerado. e um fisgar não mais
passível de ser ignorado subindo pelas pernas. travando os dentes não se
sente. travando os olhos não se vê. travando a alma.
nada disso funciona e eles sabem. eu faço de conta. a máscara caiu...
o espaço ocupado por um corpo é o espaço que outro não ocupa. um gesto no
passado. nenhum rosto sem o outro. cansaço. glória. tempo.

o tempo apodrecendo. a razão que eu tinha é a razão que me suga o brilho.

lembrei que um dia eu cantarolava irritantemente uma canção linda, mas na
primeira vez que a ouvi, eu não tinha gostado...


An Unclenched Moment.

todo começo é o fim de um começo que veio antes. eu estava tão bem, que
cometi o erro de me esquecer que sempre tudo tem que ser do jeito mais
difícil, não sei explicar exatamente por que é assim, mas vem sendo.

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