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25.4.07

da fraqueza ao encanto (entre outros males) 

pode um breve sopro matutino causar calafrios tão assustadores?
será este o sinal do fim dos encantos, ou de processo que a ele leve?
os passaros nunca antes voaram tão alto. o tempo vem se arrastando pesadamente e entoando sem muito tato uma canção que me impõe lembranças vertiginosas.
é a essa fraqueza que alguns se referem quando debatem amor e paixão, sendo que a ultima indiscutivelmente quer dizer sofrimento.
li em algum lugar que ela tem um tempo de vida limitado.
com o passar dele, as reações e ligações quimicas que a alimentam se esgotam, e o sentido se perde. o fogo se apaga. a casa cai.
muitos são os que indignados divergem, e por algum tempo fui um deles, porém, a experiencia contem argumentos solidos.
alguns processos no meu corpo são puramente mecanicos, dia a dia oscilando entre o desejo e o desprezo. contudo, uma fé, cega como toda fé merece ser, me impulsiona. e sussurra sem crueldade possibilidades distantes de satisfação momentanea... duradoura, possibilidades de prazer e de contentamento.
é a ela que eu brindo com meu olhar mais caloroso, carregado. com olhos apertados e amáveis.
é para ela que eu revelo o mais profundo de minhas carnes.
a parte do avesso das palavras mais duras, sujas e lucidas que possa minha alma vazia verter.
mas mante-la no aconchego tumultuado de meu corpo requer a dispensa de toda extensão de minha pele.



eu jurei não mais me desesperar.
e traí, a mim mesma, de maneira vil. quando eu mais precisei, me abandonei.
vi de longe todas as luzes brilhando muito mais do que jamais poderia sonhar uma vela apagada.
outra noite eu tive um pesadelo e acordei gritando. no escuro, morri de vergonha.

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