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21.4.08

17.04.2008 

"só tenho três desejos agora
comer, dormir e foder.

os cabarés excitam-me.

apetece-me ouvir música rouca, ver caras, roçar-me em corpos, beber um ardente benedictine.

mulheres belas e homens atraentes despertam ardentes desejos em mim

quero dançar
quero drogas

quero conhecer pessoas perversas, ser íntima delas.

nunca olho para caras ingênuas.

quero morder a vida e ser despedaçada por ela.

Henry não me dá tudo isso.
eu despertei o seu amor.
que se lixe o seu amor.

ele sabe foder-me como mais ninguém, mas quero mais do que isso.

vou para o inferno, para o inferno, para o inferno.
selvagem, selvagem, selvagem."


eu já concordei, em outros tempos, com tudo o que anaïs nin escreve nessa passagem de seu diário íntimo. revirando a caverna que é meu quarto eu encontrei 3 edições de um dos fanzines que escrevia... e relendo aquilo fiquei pensativa. era muita energia. muita energia ingênua, hoje eu sei.
mas era bom. será que a juventude concentra mesmo todo sofrimento que podemos ter? ou pelo menos a maior parcela dele?
eu nunca deixo as coisas para a última hora. demanda um gasto, um esforço que meu cerebro não suporta. mas estou aqui. exatamente agora passando mal diante de um artigo que não consigo terminar.
me permiti uns minutos olhando pro nada. não adianta.
dessa vez, o tempo me atropelou.
e faço mais uma pergunta. pode o fato de não reconhecer a si mesmo ser algo positivo?

ãhn...

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