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30.12.08

quantas vezes foi necessário tocar com os pés a areia para reconhecer sua textura. quanto é preciso para fixar na memória. de que matéria é feita ela, essa coisa movediça, sem nome nem precisão. daí que enquanto eu me segurava, algo não me segurava. e foi então "bum" ou melhor "BUM" minha cabeça explodida doeu. coisas de fenda no tempo. ou panelinha existencial. algum nome bem bacana que passou pela minha cabeça, mas foi assim, embora rapidinho. uma tempestade para cada detalhe. coisas simples. coisas frágeis, detalhes irrevogaveis. quem sabe só um. conexões nunca são fáceis. conectar-se a outrem. outrem. que esquisitice.
conversas longas, traumas da pré-história. na qual não se vivia.
minha voz, lá de longe, a desestruturação maxima. tudo escrito errado.
cabelos nunca macios, brilhantes ou hidratados os suficiente. despeito com sutiã 46. ou não.
volume. rádios quebrados. camisetas velhas. sacolinha de plático para levar tudo embora. para longe de mim. "isso é atraso de vida" ouvi alguém dizer e pareceu muito muito sério. tudo bem. eu entendo e não vou criticar, não pra bota-los para baixo, na merda, quero dizer.
meu mundinho tinha uns pilares bem delimitados, delicados. coisa assim. é a coisa ta assim. me deu um frio na barriga. dos ruins? é. dos bem ruins. ui, que merda meu!
alguém diria bem assim viu!
eu gosto de andar na areia, mesmo ficando com os pés cor de rosa. ardidos.
bons tempos. aqueles? não. os de agora. e nos dias de tempestade, lá vou eu. a mesma lógica. os detalhes, pequenas partes que constroem um todo. quero ser forte. cada tijolinho tem que me representar assim. pois bem.
não é pra qualquer um não meu véio.

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