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24.10.10

não comecei a pintar nestes trapos para me sentir meio artista, queria que a merda da mão esquerda funcionasse como na infância. antes que de ter sido determinado que eu tinha que escrever com a mão certa. parece absurdo, mas deve ter disso por aí nesse mundo. pensei em roubar alguns pinceis e seria verdadeiramente fácil, mas acabei comprando outros, estes sim de maior qualidade e que por motivos óbvios ficavam do outro lado do balcão. uns dias antes entrei em uma grande loja de departamentos, tenho até uma certa divida nela, e desejei uma pequena parte de uma bijuteria não tão barata. roubei descaradamente. mesmo, retirei as duas pequeninas que me interessavam e ninguém viu. não me sinto orgulhosa disso, não realmente. mas nesse mundo de tão poucas satisfações eu não poderia me privar de um desejo tão ardente por um objeto assim... praticamente insignificante (para eles).
os trapos secaram e ficaram duros. errei de alguma maneira, muita tinta será? nunca tinha tentado antes, mas a mão esquerda fez tudo direitinho. boa menina.
engolir saliva anda difícil. pensei dia desses em escrever um conto, pensei em cada linha. mas me deu uma sede e fiquei mais de 15 minutos para beber uma garrafa de água. e eu bebo muita água. engolindo devagar como se fosse doente ou algo assim. aqui não se retiram mais as amígdalas. coisa de antigas gerações me contou uma doutora. coloquei um ou dois dedos lá na minha garganta. não pra vomitar. comida é celebração! pra sentir as amígdalas e estavam endurecidas, achei que não deveria mais cantar ou gritar e fui fazer um chá com gengibre. aí, todo o conto que eu tinha já na pontinha da minha língua, na pontinha dos dedos foi embora. chato, han?

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