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29.3.11

Aquilo que não é necessariamente uma escolha não pode ser considerado como mérito ou como fracasso. 

A frase de Milan Kundera me paralisou por alguns instantes. eu sentia meu corpo como se ele não estivesse lá. e quem poderia afirmar que eu estava? qualquer um que visse meu corpo, não necessariamente a mim veria.
eu era uma coisa que eu não queria ser, bem morta, escrevi ainda muito jovem. mas foi há tanto tempo que mal consigo entender como ainda sobrevive isso na minha memória e tantas coisas, vividas ontem ou há alguns dias se dissiparam.
Nada é certo. a frase é de Henry Miller, mas podia ser minha ou sua. de qualquer um na realidade. não existe o obvio, mas verbaliza-lo as vezes exige genialidade.
ou algo a que a ela se compare.
senti uma ausência esquisita, uma solidão profunda muito diferente do que eu esperava encontrar nesse caminhar da maturidade. ela tornava-se cada vez mais obscura, inconfessável... desejosa dos prazeres, dos segredos. a vida pulsava cada vez mais orgânica. por pior que seja a formulação desta sentença.
mas o que impede que eu confesse? não sou eu. esse cabresto. faz cada vez mais sentido por que vou me perdendo. caminhar tortuoso. não lânguido.

seguro.



e é isto que eu jamais havia tocado antes.

é inevitável a escolha? não existe equilíbrio? não?

parece que não.

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